Plano B do PT?
Enquanto parte dos tucanos comemora os sucessivos tropeços da pré-candidata presidencial petista, outra parte, cautelosa, faz a seguinte ponderação: o desgaste de Dilma Rousseff está ocorrendo cedo demais e com rapidez surpreendente. Isso não é nada bom para José Serra, porque haverá tempo, até as convenções de junho, de Lula - que já percebeu o risco do desastre - lançar um "plano B". E este é o argumento dos cautelosos: Lula sabe muito bem, porque nenhuma experiência lhe falta (ao contrário de sua candidata), que há limite na galhofa com que tem tratado a legislação e a Justiça Eleitoral. Intensificando-a, acabará provocando algo mais do que multinhas (que pede ao povo que pague), porque a Justiça Eleitoral não se deixará desmoralizar. Então, isso pode resultar numa impugnação da candidatura de Dilma. Nessa hipótese, o presidente estaria livre do constrangimento de ter de substituí-la sponte sua. E aproveitaria para explorar ao máximo a "violência" legislativo-judicial, que teria destituído da sucessão presidencial, injustamente, a competente e íntegra "mãe do PAC".
Quanto à dificuldade de encontrar alguém para substituir Dilma na sucessão, dizem os tucanos cautelosos que não será tão grande assim. O PT ainda tem bons quadros, como Marta, Suplicy, Palocci, Cardozo, Pimentel, Wagner, Genro e outros, e qualquer um destes teria experiência política suficiente para não dar vexame numa campanha eleitoral, além de condições muito melhores de se tornar receptor eficiente da recordista popularidade presidencial.
Fonte:Mauro Chaves
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