domingo, 30 de maio de 2010

Imparcialidade: realidade ou ficção?

A corrida presidencial já começou. Os principais candidatos não perdem tempo e se jogam no meio do povo. Visitas a cidades importantes, palestras e até entrevistas em programas populares preenchem a agenda de compromissos. Enquanto Dilma e Serra se esforçam para conquistar o eleitorado, alguns veículos de comunicação já dão sinais de que lado estão. A campanha mais descarada, até o momento, está sendo feita pela revista Veja. Na capa da edição da semana passada, uma foto de José Serra com o título "Serra e o Brasil pós-Lula", como se o candidato do PSDB já tivesse sido eleito.

Não é a primeira vez que a revista apóia um candidato nas eleições para Presidente do Brasil. Basta conferir a capa de uma edição da Veja na época em que Collor disputava o cargo.

É possível encontrar semelhança nas duas fotos. Os protagonistas aparecem com a mão no queixo, mesma pose em que Barack Obama foi fotografado pela revista Times antes de ser eleito presidente dos Estados Unidos.

Sou totalmente a favor de uma imprensa imparcial, mesmo sabendo que todas têm seus interessas particulares, afinal são empresas privadas e precisam de subsídios para sobreviver em meio ao mercado competitivo.

Diante da decisão da revista Veja de apoiar um candidato de forma clara, sem se preocupar em disfarçar a atitude, sou capaz "perdoá-la". Acho muito mais grave um veículo de comunicação que se diz imparcial, tentar eleger um candidato subjetivamente, apostando na ignoráncia do leitor/telespectador.


Por Marcus Pena

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