As
complicações causadas por Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da
Presidência da República em São Paulo, não envolvem só o ex-presidente
Lula e a presidente Dilma Rousseff, que agiu rapidamente. Extrapola as
fronteiras estaduais e chega à Bahia. Isso porque Rosemary, informa o
Estadão, usou seu cargo de confiança para agendar uma reunião do
governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), com empresários ligados a Paulo
Vieira - diretor afastado da Agência Nacional de Águas, apontado pela
Polícia Federal como chefe de uma quadrilha que comprava pareceres
técnicos. Rose foi indiciada por tráfico de influência na Operação Porto
Seguro, por articular reuniões entre autoridades e pessoas ligadas a
Paulo. Em troca de audiências com o governador baiano e outros ocupantes
de cargos públicos, segundo a investigação, a ex-chefe de gabinete
recebeu "favores", como viagens de navio. E-mails interceptados pela PF
mostram que Paulo pediu a Rose que marcasse uma audiência com Wagner em
fevereiro de 2009 para Carlos Cesar Floriano, do grupo Tecondi, e Alipio
José Gusmão, do grupo Formitex. Os dois estavam interessados em pedir
incentivos fiscais ao governo baiano para reativar uma fábrica do setor
químico no Centro Industrial de Aratu, na região metropolitana de
Salvador. O negócio não se concretizou, segundo o gabinete de Wagner.
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