A prefeitura Municipal de Feira de Santana iniciou na manhã desta segunda-feira (4) uma operação de fiscalização a casas noturnas em Feira de Santana com o objetivo de verificar as normas e condições de segurança de todos os estabelecimentos como saídas de emergências, posição e validade dos extintores de incêndio, dentre outras.
Também foram verificados o tipo do material usado no isolamento acústico, observando se o mesmo é de fácil propagação de chamas e se há reserva de água no tanque para ser usada em caso de incêndio e outras.
Das únicas três casas noturnas fiscalizadas hoje, nenhuma apresentou alvará de funcionamento e a Kabana’s foi a única que foi notificada. Os proprietários da The House e da Johnnie Club foram orientados a fazerem adequações nas suas estruturas. Quanto aos alvarás, a prefeitura vai verificar se eles foram expedidos e se estão dentro do prazo de validade.
Em relação a Kanana’s, o coordenador da Defesa Civil Jorge Prudente, informou que a quantidade de saída de emergência não é adequada para a capacidade de pessoas que o estabelecimento comporta.
“A saída de emergência também está inadequada. O proprietário foi notificado e a casa continua funcionando porque essa fiscalização é educativa, mas o dono tem 30 dias para apresentar o projeto de segurança, de acordo com a lei. Se ele não cumprir vamos tomar as devidas providências”, explicou.
De acordo com o secretário Municipal do Meio Ambiente, Roberto Tourinho, os proprietários foram orientados a colocar sinalizadores indicando saída de emergência, apesar de já existir tinta fosforescente na porta.
O proprietário da The House, Dj Agenor, disse que a casa foi inaugurada há dois anos e fez muitas pesquisas por todo o país e no exterior para implantar todas as normas que uma casa precisa para funcionar.
“Dos Estados Unidos eu trouxe a sonorização, que é voltada para pista de dança. As pessoas conseguem conversar nos camarotes, não tem poluição sonora. Na Disney naqueles prédios imensos dos brinquedos com aquela multidão, há várias saídas de emergência. E aquilo me chamou atenção e eu até fiz um curso lá, onde eu aprendi que em primeiro lugar é segurança, segundo lugar segurança e terceiro lugar segurança", disse.
Agenor também afirmou que antes mesmo do acidente ocorrido em Santa Maria no Rio Grande do Sul, quando mais de 230 pessoas morreram em um incêndio na boate Kiss, a The House não permitia exceder o número de pessoas na casa.
“A gente trabalha com 270 pessoas, mas cabe mais. Nossa ideia é oferecer conforto e segurança. Se você pegar relatos de clientes que frequentam a casa, vários vão dizer que já ficaram de fora”, contou.
A The House tem capacidade para comportar 350 pessoas, Johnnie Club 300 e Kabana’s, entre 800 e 1000 pessoas.
Fotos e informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade
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