Ainda bem que a Justiça do Trabalho bateu o martelo e liquidou aquela ação do Ministério Público do Trabalho contra a invasão do axé no território do forró. Gente, com o trabalho escravo na ordem do dia, com a exploração da mão-de-obra infantil ainda em evidência, com uma infinidade de agressões à dignidade do trabalhador no nosso dia-a-dia... não dá para acreditar que um representante do MPT achou tempo para se debruçar sobre esse tipo de questão.
Preservar a cultura é importante, principalmente numa terra em que o patrimônio cultural é relegado a planos inferiores. A capoeira, por exemplo, somente em julho do ano passado - mais de um século após surgir no Brasil – é que foi reconhecida como patrimônio imaterial da cultura brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Mas, voltando ao caso do forró, deixemos ‘cada qual com seu cada qual’, como diz a sabedoria popular. Ou seja: Ministério Público do Trabalho cuida de questões trabalhistas; órgãos da área cultural cuidam da memória cultural. E ponto final.
Em tempo, sou natural de Sergipe, a terra do forró. Não curto a chamada axé music, nem mesmo no Carnaval.
Fonte:Jaciara Santos
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