sexta-feira, 20 de julho de 2012
Polícia ouviu 8 pessoas sobre morte de preso dentro de delegacia
O delegado Evy Paternostro, que investiga o assassinato de um detento cujos suspeitos são três policiais civis e o filho de um deles, ainda foragidos, ouviu oito testemunhas do crime até a noite desta quinta-feira (19), informa a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Em nota, o secretário da SSP-BA, Maurício Barbosa, afirma que a prisão dos quatro suspeitos é prioridade.
Até o momento, as investigações indicam que o jovem de 21 anos, que foi preso por porte ilegal de arma, formação de quadrilha e tráfico de drogas, teria sido agredido na sala de investigação da delegacia da cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. O crime ocorreu na noite de sábado (14). Todos os quatro suspeito já têm prisão preventiva decretada.
Imagens da câmara do circuito interno de segurança mostram um dos policiais com um pedaço de pau na mão conversando com o terceiro policial suspeito de envolvimento no crime. Eles simulam o que teriam feito com o preso e ainda brincam com a câmera de segurança. Em seguida, dois homens saem do local com o corpo de detento. O filho de um dos investigadores aparece pegando uma chave na mão do pai. Em outro trecho, os carcereiros aparecem retirando o detento da cela. As última imagens são de dois policiais carregando a vítima desacordada. A polícia suspeita que ele tenha sido espancado na sala de investigação, onde não há câmera de circuito interno.
O preso morreu por traumatismo craniano. Os quatro suspeitos o deixaram no Hospital de Base de Porto Seguro e depois fugiram. A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA) informou que dois corregedores estão em Porto Seguro para investigar o caso. A previsão é de que o inquérito policial seja concluído em dez dias.
O crime é investigado pelo titular Evy Paternostro, da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), e acompanhado pelo corregedor-geral da SSP-BA, Nélson Gaspar, e pela delegada Iracema Silva de Jesus, corregedora da Polícia Civil. Todos estão em Porto Seguro.
As buscas pelos envolvidos são realizadas pela Coordenadoria de Operações Especiais (COE), em parceria com a Departamento de Investigação Policial (DIP). Além do inquérito policial, os três policiais devem responder a processos administrativos disciplinares, informa a SSP. Entre os investigadores suspeitos, dois estavam de folga e um de férias no momento do crime. As informações são do G1.
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